As informações contidas neste blog são para ajudar e esclarecer algumas dúvidas sobre esta DST.
Descobrindo a doença
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa crônica que acomete praticamente todos os órgãos e sistemas e mesmo tendo o tratamento considerado de baixo custo e eficaz vem ainda nos dias atuais sendo considerado um problema de saúde pública. Dentre as teorias que surgiram para tentar explicar o aparecimento desta patologia, está aquela que supõe que a sífilis seria proveniente de mutações e adaptações de espécies de Treponemas endêmicos do continente africano.
● História
● História
A história da doença é conhecida há muitos anos em todo o mundo, e é na maioria das vezes adquirida durante a relação sexual (sífilis adquirida), porém, a doença também pode ser transmitida por lesões muco-cutâneas ricas em treponemas e por via transplacentária para o feto ou pelo canal do parto (sífilis congênita).
Durante seu desenvolvimento no individuo a sífilis passa por vários estágios podendo ser assintomáticos ou sintomáticos e afetar qualquer órgão ou sistema do corpo. Geralmente estes estágios são divididos em três fases. Na fase primária há o aparecimento do cancro no local de inoculação do agente, onde ocorre aumento dos linfonodos locais. O período de incubação é em média, 15 a 20 dias. A fase secundária aparece aproximadamente oito semanas após o aparecimento do cancro onde se pode notar o surgimento de máculas,entretanto, as lesões podem assumir diversos aspectos e dificultar o diagnóstico. Já as lesões da fase terciária, que surgem após décadas são, na atualidade, raramente descritas.
● O que causa a doença?
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, gênero Treponema.O gênero possui quatro espécies patogênicas e pelo menos seis não patogênicas. As patogênicas são o Treponema pallidum subsp pallidum, causador da sífilis, o Treponema carateum, responsável pela pinta, e o Treponema pertenue, agente da bouba ou framboesia. O bejel ou sífilis endêmica é atribuído à variante T. pallidum subsp endemicum.
O T. pallidum tem forma de espiral (10 a 20 voltas), com cerca de 5-20µm de comprimento e apenas 0,1 a 0,2µm de espessura, como visto na figura abaixo. Não possui membrana celular e é protegido por um envelope externo com três camadas ricas em moléculas de ácido N-acetil murâmico e N-acetil glucosamina. Apresenta flagelos que se iniciam na extremidade distal da bactéria e encontram-se junto à camada externa ao longo do eixo longitudinal. Move-se por rotação do corpo em volta desses filamentos.
