A NEUROSÍFILIS



Ao invadir o sistema nervoso central (SNC), o T. pallidum pode determinar quadros clínicos variados, desde alterações liquóricas até quadros graves como a paralisia geral progressiva. A qual se designa Neurosífilis.

As manifestações clínicas da Neurosífilis expressam-se comumente na fase terciária da doença, podendo ser classificadas em meningovasculares ou parenquimatosas
A s formas meningovasculares manifestam-se como meningites subagudas, arterites e mielopatias progressivas. Na Neurosífilis vascular, ou arterite sifilítica, manifestam-se seis a sete anos após a infecção inicial, desenvolvendo-se a partir dos casos de meningite crônica. Essas manifestações vasculares podem ocorrer tanto no cérebro como na medula espinhal, sendo, porém, mais freqüentes na artéria cerebral média.
A paralisia geral progressiva, também denominada Neurosífilis parética é uma condição altamente incapacitante, determinando um eventual processo demencial precoce em indivíduos em fase produtiva e óbito aproximadamente dois anos após os primeiros sintomas. Esta forma de acometimento é encontrada predominantemente no sexo masculino e é de lenta evolução, sendo de 10 a 20 anos o intervalo entre a infecção e o início dos sintomas.
Embora a incidência de Neurosífilis tenha diminuído muito nas últimas décadas, observa-se tendência ao seu recrudescimento em decorrência de mudanças comportamentais e socioeconômicas vivenciadas pela sociedade.